A sigla Caricom vem do inglês Caribbean Community and Common Market. Compreende o esforço de integração regional do Caribe, do qual participam Antígua, Barbuda, Bahama, Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Montserrat, Santa Lúcia, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago. Como membros associados participam as colônias de Anguila, Bermuda, Ilhas Virgens Britânicas, Cayman, Turkis e Caicós.
A sede do Caricom fica em Georgetown, na Guiana. Entre as instituições filiadas estão o Banco de Desenvolvimento do Caribe, a Universidade da Guiana e a Universidade das Índias Ocidentais, com campus em Barbados, Jamaica, Trinidad e Tobago.
O esforço de unificação representado pelo mercado comum foi precedido no plano político pela Federação das Índias Ocidentais, criada em 1958. Esta, contudo, em decorrência dos processos de independência da Jamaica e de Trinidad e Tobago, foi abandonada pela Grã-Bretanha em 1962. O esforço de integração regional seria retomado somente em 1965, com a Associação de Livre-Comércio Caribenho (Carifta, sigla em inglês da Caribbean Free Trade Association), que tinha o intuito de aprofundar os vínculos econômicos entre os países anglófonos da região. Posteriormente, outros países que não haviam sofrido o domínio britânico aderiram ao tratado.
O Caricom surgiu como uma forma de expansão e aprofundamento da Carifta, em 1973, com a assinatura do Tratado de Chaguaramas. Ele é dirigido por uma secretaria cujo alto escalão é indicado pelos governos dos países-membros. Entre seus objetivos principais está a promoção da integração e do desenvolvimento das áreas mais pobres do Caribe. Em grande parte, foi inspirado por Raúl Prebisch, ex-secretário da CEPAL.
Como desdobramento do Caricom, em 1994 foi criada a Associação dos Estados do Caribe (AEC), que tem por objetivo favorecer a “consulta, a cooperação e a ação acordada” e incorporou outros países da região, como Cuba, México, Colômbia, Venezuela, Panamá, El Salvador, Honduras, Guatemala, Nicarágua e Costa Rica.
Apesar do reduzido aumento do comércio e dos investimentos intrarregionais, a integração avançou no que se refere a educação, saúde, cultura, comunicação, ajuda às vitimas de desastres naturais e a infraestruturas aérea e marítima. As economias nacionais são altamente diversificadas e concorrentes entre si, voltadas para a exportação e dependentes da demanda dos países desenvolvidos, especialmente dos Estados Unidos e da Europa. Entre os produtos de exportações do Caricom destacam-se açúcar, frutas, bauxita, alumínio e derivados de petróleo. O clima tropical e as praias da região atraem numerosos turistas. Além disso, muitos países também se converteram em paraísos fiscais.
Em 2001, foi firmada uma nova versão do Tratado da Chaguaramas, com o intuito de efetivar a formação de um Mercado Comum. Dentre outras iniciativas estão em curso a adoção de um passaporte comum e a harmonização macroeconômica para a criação de uma moeda única e a formação de um bloco de companhias aéreas.