Sobrenome da família dinástica que governou a Nicarágua de maneira ditatorial durante 45 anos, desde o assassinato do general Augusto César Sandino, em 1934, até o triunfo da Revolução Sandinista, em 1979.
A dinastia da família Somoza nasceu com o general Anastasio Somoza García (1896-1956) e continuou com seus filhos Luis Somoza Debayle (1922-1967) e Anastasio Somoza Debayle (1925-1980), terminando com seu último sucessor, Anastasio Somoza Portocarrero, que por ocasião do triunfo revolucionário ocupava o comando do Exército nacional e não pôde chegar à presidência.Os Somoza foram aliados destacados do governo norte-americano, não apenas na Nicarágua, mas também em toda a região da América Central. O Exército nicaraguense comandado pelo general Anastasio Somoza García teve papel muito ativo na derrubada do regime progressista de Jacobo Arbenz Guzmán, na Guatemala, durante o ano de 1954, bem como na invasão mercenária da baía dos Porcos, contra o regime de Fidel Castro, em 1961.
O último presidente Somoza, derrotado militarmente pela Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), fugiu para os Estados Unidos e depois radicou-se no Paraguai, até a sua morte, ocorrida pelas mãos de um comando internacionalista. A maior parte da classe política somozista e da Guarda Nacional dirigida pelo ditador também abandonou o país, refugiando-se nos Estados Unidos e na vizinha República de Honduras.