Político equatoriano que se autodefine como um cristão de esquerda, assumiu a presidência do Equador após ganhar as eleições de novembro de 2006. Sua vitória sobre o milionário Álvaro Noboa ocorreu no segundo turno, quando obteve 56% dos votos. Foi apoiado por uma série de agremiações políticas e movimentos sociais, como a Alianza Pátria Altiva e Soberana (Pais), o Partido Socialista-Frente Amplio (PS-FA), a Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) e o Movimento de Unidade Plurinacional Pachakutik-Novo País (MUPP-NP).
Assim como os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Bolívia, Evo Morales, possui um discurso progressista, crítico aos Estados Unidos e ao neoliberalismo. No centro de sua proposta de governo está a realização de uma Assembléia Constituinte. Defende que o país se beneficie mais da renda obtida com a exploração do petróleo e mantém suspensas as negociações de um acordo bilateral de livre-comércio com os norte-americanos.
Entretanto, a dolarização da economia equatoriana não deve ser revertida, pois, segundo Correa, o custo seria muito alto. Entre abril e agosto de 2005, foi ministro da Economia e das Finanças, renunciando após divergências com o presidente Alfredo Palacio sobre a venda de bônus da dívida externa do país para a Venezuela. Economista de formação, estudou na Universidade Católica de Santiago de Guayaquil e doutorou-se nos Estados Unidos. Fala fluentemente o espanhol, o francês e o inglês, mas reconhece que é ainda principiante no quéchua, a principal língua dos indígenas equatorianos, que representam 25% da população nacional. Teve atuação importante no movimento estudantil e alcançou a presidência da Federación de Estudiantes Universitários Particulares del Ecuador (Feupe), em 1986. Trabalhou como consultor de empresas e associações públicas e privadas. Estudioso da economia equatoriana, publicou livros que discutem propostas para estimular a geração de empregos e combater a pobreza.