SIP

Sociedade Interamericana de Imprensa

Entidade continental que organiza as grandes empresas de comunicação. A sigla vem do seu nome em espanhol: Sociedad Interamericana de Prensa. Cobre todos os países do continente, exceto Cuba. São afiliados a ela, dentre outros, La Prensa de Manágua, El Nacional e El Universal, de Caracas, El Mercurio, de Santiago, os norte-americanos The Wall Street Journal, The Washington Post, The Miami Herald e Los Angeles Times, o Clarín, de Buenos Aires, a RBS (Rede Brasil Sul) de Porto Alegre e O Estado de S. Paulo. A página da Sociedade na internet afirma que “A SIP é uma organização sem fins lucrativos, dedicada a defender a liberdade de expressão e de imprensa em todas as Américas”.

A ideia de uma entidade continental nesses moldes foi lançada em 1926, quando 130 jornalistas de todo o continente se reuniram em Washington para o I Congresso Panamericano de Jornalistas. Apenas em 1942 ocorreu o II Congresso, na Cidade do México, quando foram tomadas providências práticas que culminaram na constituição da Associación Interamericana de Prensa, em Havana, no ano seguinte. Em 1950, em Nova York, a entidade receberia seu nome definitivo.

Desde sua criação, a SIP refletiu o clima da Guerra Fria, evitando a participação da esquerda em seu interior, defendendo abertamente o liberalismo e a conduta internacional dos Estados Unidos. Obcecada com Cuba, desde o triunfo da Revolução, a Sociedade também não poupou ataques à Nicarágua sandinista e, depois, ao governo de Hugo Chávez na Venezuela.

A SIP se declara “apolítica”, porém tem se colocado na linha de frente ao combate a qualquer projeto nacionalista ou socialista nos países da região.