Consagrada como uma das grandes intérpretes da música popular brasileira, Maria Bethânia Vianna Telles Veloso cantava desde criança com as pessoas de sua família, mas pensava mesmo em ser atriz.
Estreou como cantora em 1963, na peça Boca de ouro, de Nelson Rodrigues. Na década de 1960 montou espetáculos ao lado do irmão Caetano Veloso, de Gal Costa e de Gilberto Gil. Em 1965, Nara Leão, depois de assistir a um de seus espetáculos, convidou-a para substituí-la no show Opinião, em cartaz no Rio de Janeiro, em que interpretou a música “Carcará”. Ainda nesse ano gravou seus primeiros discos – um compacto e um disco com músicas de Noel Rosa, Benedito Lacerda e Caetano.
Bethânia competiu em festivais e cantou em teatros e casas noturnas no Rio de Janeiro e em São Paulo, tornando-se conhecida nacionalmente. Em 1978, o álbum Álibi lhe conferiu o terceiro disco de ouro. Até os anos 90 gravou discos tidos como intimistas. Em 1993, retomou o romantismo com as músicas de Erasmo e Roberto Carlos. Em 2001, gravou o CD Maricotinha ao vivo, que lhe rendeu o disco de ouro pela venda de 120 mil cópias. Em 2003, criou seu próprio selo, chamado Quitanda, em parceria com a gravadora Biscoito Fino, inaugurado com o lançamento do CD Brasileirinho, contendo canções cujos temas abordavam a religiosidade e a brasilidade.