Definitivamente, foi nos anos 1950 que se desenvolveram as raízes do moderno cinema na América Latina. Os cineastas se deram conta da necessidade de oferecer um ensino de nível universitário e julgaram imprescindível que colegas de métier também se tornassem professores. Em 1956, foi criado o Instituto Filmico de Chile, na Universidad Católica, onde estudou o cineasta Jorge Sanjinés. Ainda no Chile, os documentaristas Pedro Chaskel e Sergio Bravo criaram o Centro de Cine Experimental na Universidad de Chile, e o cineasta Aldo Francia fundou a Escuela de Cine de Viña del Mar, que, apesar de sua curta duração, formou alguns cineastas. Em 1957, o documentarista Fernando Birri fundou o Instituto de Cine de la Universidad del Litoral, em Santa Fé (Argentina). Na Cidade do México, a primeira escola foi o Centro Universitario de Estudios Cinematográficos de la Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM), em 1963. Em 1965, o cineasta Nelson Pereira dos Santos foi um dos professores no recém-inaugurado Curso de Cinema da Universidade de Brasília (UnB). Mais tarde, foram criados os cursos da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói. Em 1968, na Venezuela, criou-se o Departamento de Cine de la Universidad de Los Andes. Em 1986, começou a funcionar em Cuba a Escuela Internacional de Cine y Televisión de San António de los Baños, enquanto na Bolívia, o diretor Antonio Eguino tornou-se professor de cinema na Universidad Católica. No Brasil, criaram-se, ao londo da primeira década dos anos 2000, dezenas de instituições de ensino superior que ministram cursos de cinema ou de audiovisual (cinema, rádio, televisão e vídeo), algumas delas mantendo até programas de pós-graduação em níveis de mestrado e doutorado. A Argentina, por outro lado, talvez seja o país em que mais se proliferaram cursos e escolas de cinema na América Latina nesse período, a maioria delas, com característica de curso livre.
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