Verónica Michelle Bachelet Jeria foi a primeira mulher a assumir a presidência do Chile e a segunda de um grande país latino-americano, depois de María Estela Martínez de Perón, na Argentina. Elegeu-se pela primeira vez em 2006, vencendo no segundo turno o empresário Sebastián Piñera, com 53,51% dos votos. Em novembro de 2013, voltou a disputar a presidência à frente da coalização de centro-esquerda Nueva Mayoría. Venceu o embate novamente no segundo turno, dessa vez contra a candidata Evelyn Matthei, da União Democrática Independente. Tomou posse em março de 2014 prometendo restabelecer a gratuidade do ensino universitário e promover as reformas tributária, eleitoral e constitucional.
Formada em Medicina, Bachelet militava na Juventude Socialista na época do governo de Salvador Allende pela Unidade Popular (UP). Posteriormente, filiou-se ao Partido Socialista do Chile, no qual milita.
Durante a ditadura de Augusto Pinochet, seu pai, militar de carreira e colaborador de Allende, morreu em decorrência de torturas. Em 1975, Michelle também foi presa e torturada. Após ser libertada, viveu exilada na Austrália e na Alemanha. Voltou ao Chile em 1979, retomando os estudos médicos e a militância política.
Cursou o Colégio Interamericano de Defesa, em Washington, e é pós-graduada em estratégia militar. Ocupou altos cargos no PS chileno e, durante o governo de Ricardo Lagos, atuou como ministra da Saúde e da Defesa Nacional.
- Michelle Bachelet posa para foto com chefes de Estado, em sua posse na cidade de Valparaíso, no Chile, em 2006 (Ricardo Stuckert/ABr)