Conceituado diretor chileno de cinema e teatro, Miguel Littin Cucumides iniciou com o curta-metragem documental Por la tierra ajena (1965). Seu cinema épico foi feito em parte no exterior, em seu exílio político (1973-1990). Estreou no longa-metragem com trama social, El chacal de Nahueltoro (1969). Fez, com Salvador Allende, o documentário Compañero presidente (1971). Filmou o longa ficcional La tierra prometida (1973). No México, realizou Actas de Marusia (1976). Baseado na obra homônima de Alejo Carpentier fez El recurso del método (1978). Do conto de Gabriel García Márquez, filmou La viuda de Montiel (1979). Quando menino, testemunhou a guerra no interior da Nicarágua, retratando-a tempos depois em Alsino y el cóndor (1982). Entrou clandestino no Chile para fazer o registro documental Acta general de Chile (1986). Enfocou o líder revolucionário em Sandino: patria o muerte, venceremos (1991). Retornou ao Chile e fez Los náufragos (1994). Dirigiu ainda Tierra del fuego (2000), extraído do romance de Francisco Coloane; La abanderado (2002); e La última luna (2005).
Em 2010, ingressou na Escola de Cinema do Chile como professor de Realização Cinematográfica. Quando o golpe de estado completou 40 anos, em 2015, lançou o filme Allende em seu labirinto, sobre os últimos dias do presidente Salvador Allende. Em 2009, havia lançado outro filme sobre a ditadura chilena, Dawson Isla 10, que conta a história dos presos políticos da ditadura de Pinochet encarcerados na ilha de Dawson.