Grande Otelo

Uberlândia (Brasil), 1915 - Paris (França), 1993

Ator, Sebastião Bernardes de Souza Prata, o Grande Otelo, transitou com imenso talento da comédia ao drama no Brasil. No cinema, trabalhou em vários estúdios e várias produtoras. Inicialmente, fez pequenos papéis em filmes dos estúdios Cinédia e Sonofilme. Nas produções da Atlântida, dirigidas por José Carlos Burle, alcançou os primeiros papéis, em dramas como Moleque Tião (1943), basea­do em sua vida, e em Também somos irmãos (1949), em que contracena com Aguinaldo Camargo, expoente do Teatro Experimental do Negro, e em comédias como Carnaval no fogo (1950), de Watson Macedo, e Matar ou correr (1954), de Carlos Manga, em que dividia a cena com seu grande parceiro Oscarito. Ao transferir-se para as produções de Herbert Richers, criou uma nova parceria com o cômico Ankito. Em sua extensa filmografia (de mais de cem filmes) trabalhou com vários cineastas, participando de importantes filmes, como Rio, Zona Norte (1957), de Nelson Pereira dos Santos; Assalto ao trem pagador (1962), de Roberto Farias; O barão Otelo no barato dos bilhões (1971), de Miguel Borges, e O rei do baralho (1973), de Júlio Bressane. Em Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade, interpretou de forma extraordinária e definitiva o Macunaíma preto. Interpretou o papel-título em O negrinho do pastoreio (1973), de Antônio Augusto Fagundes, película que não foi bem-sucedida. Começou a carreira como artista de circo, representou na revista e no teatro dramático, além de fazer televisão e cantar em shows de boates, casas de espetáculos e cassinos. Foi parceiro de vários compositores e criador do clássico popular “Praça Onze” (1942), samba feito com Herivelto Martins.

Conteúdo relacionado
Cinema
Brasil
Mídia
Música