Hirszman, Leon

Hirszman, Leon

Rio de Janeiro (Brasil), 1937 - 1987

Importante diretor do Cinema Novo, ingressou aos catorze anos no Partido Comunista Brasileiro (PCB). De formação cineclubista, foi assistente de direção em Juventude sem amanhã (1959) e ligou-se ao Centro Popular de Cultura (CPC), no qual fez o longa-metragem Cinco vezes favela (1962), dirigindo o episódio Pedreira de São Diogo. Iniciou-se no documentário com Maioria absoluta (1964), sobre o analfabetismo. Em 1965, dirigiu seu primeiro longa, A falecida, adaptado da peça de Nelson Rodrigues. Com argumento em coautoria com Vinicius de Moraes, Glauber Rocha e Eduardo Coutinho, rodou em cores Garota de Ipanema (1967). Em 1971, lançou seu terceiro longa, São Bernardo, baseado em romance homônimo de Graciliano Ramos. Embora tenha recebido vários prêmios, enfrentou problemas com a censura e não obteve boa bilheteria. Transpôs para a tela, em 1981, a clássica peça Eles não usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri, acerca da família de operários cujo pai era militante sindical e cujo filho buscava uma saída individualista para a crise política durante uma greve. Em 1986, apresentou sua trilogia documental Imagens do inconsciente, explorando o tratamento psiquiátrico de pacientes esquizofrênicos realizado pela dra. Nise da Silveira. Seus últimos longas, lançados postumamente, foram os documen­tários ABC da greve (1991) e Bahia de todos os sambas (1998).

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