Bravo, Guillermina

Chacaltianguis, 1920 - Santiago de Querétaro (México), 2013

Bailarina e coreógrafa mexicana, nascida em 13 de novembro de 1920 no Estado de Veracruz, passou a infância em Tampico. Ingressou na Escola de Dança de Nellie e Gloria Campobello e, ao mesmo tempo, cursou o bacharelado em música, no Conservatório Nacional. Entre seus professores de dança figuram Xenia Zarica, Ernesto Agüero, Tessy Marcué, Dora Duby e as irmãs Campobello, coreógrafas do Ballet de Masas 30-30, que estreou em 1931 no Estádio Nacional do México e que marcou seu debut cênico.

Posteriormente, conheceu Waldeen e se uniu ao grupo que trabalharia com a coreógrafa dos Estados Unidos para criar o Ballet de Belas Artes. Com esse grupo estreou, em 1940, La Coronela, um marco na dança moderna mexicana. Depois da partida de Waldeen, Guillermina Bravo assumiu a direção da companhia (com Ana Mérida), à qual renunciou por razões ideológicas, em 1948. No mesmo ano, fundou (com Josefina Lavalle) o Ballet Nacional de México. Em 1953, fundou a Escola da Companhia e no ano seguinte foi censurada pela primeira vez: sua obra (com J. Lavalle) Rescoldo foi considerada comunista e suprimida do repertório da companhia.

Entre 1956 e 1957, criou El Demagogo e Braseros, as primeiras obras que considerou como suas incursões sérias na coreografia. Ainda em 1957, realizou a primeira grande turnê de sua companhia: União Soviética, China e Europa. Em 1960, ainda fresca a revolução castrista, realizou uma turnê de 21 funções em Cuba. Durante os anos 1960 e 1970, foram numerosas suas apresentações pela Europa e pelos Estados Unidos. Nesse período, criou muitas de suas obras mais aplaudidas como El Bautizo (1962), La Portentosa Vida de la Muerte (1964), ¡Viva la Libertad! (1965), Juego de Pelota (1968), Interacció n y Recomienzo (1971), a sequência de Estudios 1 al 9 (entre 1973 e 1982) e a famosa El Llamado (1983).

Durante os anos 1980 e 1990, recebeu incontáveis reconhecimentos, dos quais o mais apreciado pela coreógrafa foi o cumprimento do desejo de transferir a companhia e escola para Querétaro, fundando assim o Centro Nacional de Dança Contemporânea (Cenadac) nessa cidade. Morreu em sua casa aos 92 anos.