A Convenção Nacional de Trabalhadores (CNT) foi criada em 1966. Cinco anos depois, um novo panorama político começou a ser construído no Uruguai com o surgimento da Frente Ampla (FA), que congregava comunistas, socialistas, democratas-cristãos, battlistas e nacionalistas saídos dos partidos tradicionais da esquerda independente. Essas forças foram duramente atingidas pelo golpe militar de 1973.
Em 1983, foi formada uma nova central, o Plenário Intersindical de Trabalhadores (PIT). Ao lado de outras associações que se mobilizavam contra a ditadura, o PIT participou da formação da Intersocial, cujas seguidas manifestações contribuíram para a realização de eleições gerais em 1984. No ano seguinte, o Plenário adotou a sigla PIT-CNT, proclamando a continuidade com a antiga central.
Um dos desafios enfrentados pelo PIT-CNT, nos anos 1990, foi a drástica redução no número de afiliados aos sindicatos. Isso resultou, em boa medida, do processo de desindustrialização e de redução do emprego industrial no Uruguai, decorrente da aplicação do receituário neoliberal.
Desde março de 2005, a PIT-CNT não realizou nenhuma greve que durasse mais de 24 horas. Os recentes governos de esquerda uruguaios têm afinidades naturais com as centrais sindicais e mantêm com elas um canal aberto de negociação, o que inibe a realização de greves. Opositores, no entanto, dizem que a PIT-CNT legitima o "governo capitalista" ao não radicalizar as lutas trabalhistas. Os sindicalistas alegam que os governos de esquerda são uma "conquista histórica" do movimento sindical.
Em 2015, representantes da central foram recebidos pelo presidente Tabaré Vázquez a fim de apresentar suas propostas de mudanças para o Fundo de Desenvolvimento (Fondes), projeto do Executivo. A PIT-CNT formulou também uma agenda pública para discutir a questão do ingresso do Uruguai no Trade In Services Agreement - TISA (Acordo de Comércio e Serviços), que reúne 23 parceiros, entre países e blocos econômicos. A central pleiteava ainda o aumento do salário mínimo para os trabalhadores do setor privado.