Mitchell, James

Mitchell, James

Bequia (São Vicente e Granadinas), 1931

James Fitz-Allen Mitchell nasceu em 15 de maio de 1931 na ilha de Bequia, no arquipélago das Granadinas. Fez seus estudos iniciais em São Vicente e em Trinidad e Tobago, formando-se em Agronomia pela University of British Columbia, no Canadá. Obteve o primeiro mandato político em 1966, quando ainda era membro do Partido Trabalhista de São Vicente (PTSV). De 1967 a 1972, foi membro do governo trabalhista de Milton Cato, como ministro do Comércio, Agricultura, Turismo e Trabalho.

Nas eleições de 1972, disputou como independente e acabou encabeçando um governo de coalizão – com a participação do Partido Político Popular (PPP), de Ebenezer Joshua –, tornando-se ministro-chefe até 1974. Em 1975, fundou o Partido Novo Democrático (PND), conservador, e governou o país como primeiro-ministro de 1984 a 2000. Por mais de três décadas foi uma das principais lideranças políticas de São Vicente, juntamente com Milton Cato, seu principal adversário. Sua vitória pelo PND nas eleições de 1984 foi uma grande surpresa. Elas haviam sido antecipadas pelo próprio primeiro-ministro, Milton Cato, na confiança de que, pela popularidade de que desfrutava em função do apoio dado à invasão da ilha de Granada, o PTSV sairia vitorioso.

Em 1989, o PND, de Mitchell, conseguiu conquistar todas as cadeiras do Parlamento, o que lhe garantiu um segundo período no governo. Em 1994, nova vitória e nova indicação. Em 1998, uma inédita quarta vitória consecutiva, pela margem mínima, deu ao partido oito cadeiras parlamentares, contra sete da oposição.

Por sua formação profissional, Mitchell sempre demonstrou interesse em modernizar o setor agrícola – muito atrasado e com técnicas ultrapassadas ­– nas ilhas que compõem o território do país. Preocupava-o em especial a situação da cultura da banana, produto fundamental para a vida econômica das ilhas e que envolvia um enorme número de trabalhadores em toda sua cadeia produtiva.

Em 2000, James Mitchell decidiu deixar o comando do governo e passou a chefia para o correligionário Arnhim Eustace.