Desde que Depreste tinha dezenove anos, o Haiti reconhece a qualidade de seus poemas publicados pela primeira vez em Centelleos (1945). Nesse ano, começou a editar uma revista de vanguarda, inspirada no surrealismo europeu, movimento que recebia com grande interesse os artistas caribenhos, representados por nomes expressivos como o de Aimé Césaire. Preso junto com outros colegas perseguidos pela ditadura haitiana, contribuiu para a elaboração de um número especial da revista Roche em homenagem a André Breton, logo censurado pela polícia. Esse episódio despertou intensa manifestação popular duramente reprimida pelo Exército.
Condenado ao exílio, filiou-se ao Movimento da Negritude, fundado em Paris por, entre outros, Léon Damas e Léopold Senghor. Desenvolveu trajetória literária pautada na exploração temática e estética do surrealismo através da qual milita cultural e politicamente contra quaisquer formas de opressão social. Dedicou o volume Cantata a octubre (1968) à morte de Ernesto Che Guevara. Escreveu prosa (Hadriana en todos mis sueños, 1988) e ensaios sobre a literatura negra. Outra obra: Cucaña (1973).