Artista plástico e pacifista argentino. Formado em arquitetura pela Escola Nacional de Belas-Artes de seu país, Esquivel dedicou-se à escultura, atividade que complementou com a docência na Universidad Nacional de La Plata. Internacionalmente reconhecido pela sua produção artística, alinhou-se, a partir de 1971, aos seguidores de Gandhi e da não violência. Fundou em 1973, ano de mais um golpe militar na Argentina, o jornal Paz y Justicia, que logo se tornou símbolo do movimento pacifista e de defesa dos direitos humanos na América Latina. Perseguido pela ditadura, ficou preso entre 1977 e 1979. Durante sua reclusão recebeu o Prêmio Memorial de Paz João XXIII, entregue pela Organização Pax Christi Internacional. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 1980, pelos seus esforços em defesa dos direitos humanos. Alguns anos mais tarde, foi nomeado membro do comitê executivo da Assembleia Permanente da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
É presidente do Serviço Paz e Justiça (Serpaj) argentino, organização social consultiva da Unesco, e membro do comitê de patrocínio da Coordenação Internacional para o Decênio da Cultura da Não Violência e da Paz. É também o presidente da Academia de Ciências Ambientais de Veneza, na Itália, liderando uma campanha mundial pela criação de uma corte internacional para julgar grandes crimes ambientais. Militante dos direitos humanos, Esquivel foi recebido pelo Papa Francisco em 2013 e em 2015.