Fundado por Ileana Solís Palma, em 1981, no Panamá, o grupo Oveja Negra realizou, inicialmente, um trabalho de teatro de rua em que as técnicas tradicionais – manipulação de grandes bonecos, movimentos com tecidos coloridos, coros de atores, máscaras, musicalidade percussiva, práticas circenses – foram elaboradas de modo experimental. Levando seus espetáculos a praças e feiras, o grupo produziu, em 1982, El circo roqueterrojo, criação coletiva baseada na cultura popular panamenha, que, por seu espírito subversivo, trouxe amplo reconhecimento ao grupo. A montagem da fábula cômica El gran eclipse (1983) foi apresentada no I Encuentro Internacional de Teatro de Calle de Bogotá.
Na mesma década, o Oveja Negra produziu, entre outros, El ahogado más hermoso del mundo (adaptação de um texto de Gabriel García Márquez) e Ananké (1985), uma fábula “mágico-marinha-musical”. Após realizar mais trabalhos de sala, o grupo apresentou Los silencios del jaguar (Alberto Gualde), em 2000, e Medea, una historia en dos tiempos (2003) – a partir do clássico de Eurípides, da Medeamaterial de Heiner Müller e de textos escritos por Alberto Gualde e pelas atrizes, uma das quais a própria diretora Ileana Solís.