O médico, psicanalista e militante comunista Dionélio Tubino Machado foi preso durante o Estado Novo de Getúlio Vargas, na companhia de Graciliano Ramos e outros escritores, intelectuais, políticos e militantes de esquerda. Esteve na mesa diretora dos trabalhos no Primeiro Congresso Nacional de Escritores, em 22 de janeiro de 1945, no Teatro Municipal de São Paulo, quando leu a declaração que pedia liberdade de expressão e o fim do regime autoritário. Foi um dos introdutores do romance urbano no Rio Grande do Sul, ao lado de seu contemporâneo Érico Veríssimo, de quem foi amigo. Seu estilo conciso deu-lhe notoriedade na época. Dionélio Machado recebeu alguns prêmios literários, entre eles o da Companhia Editora Nacional, em 1934, pelo romance Os ratos. Este, publicado em 1935, e O louco do Cati, de 1942, são frequentemente incluídos pela crítica entre as melhores obras de ficção da língua portuguesa. É autor também de Passos perdidos (1955) e Memórias de um pobre homem (1990).
Machado, Dionélio
Quaraí, 1892 - Porto Alegre (Brasil), 1985