Alejandro Agustín Lanusse nasceu em 28 de agosto de 1918 em Buenos Aires. Estudou na Escola Militar Nacional, onde se graduou subtenente de Cavalaria, em 1938. Em 1951, já capitão, participou do frustrado golpe de Estado a Juan Domingo Perón, dirigido pelo general Luciano Benjamín Menéndez, e ficou encarcerado até 1955, quando Perón foi derrubado pela “Revolução Libertadora”.
Foi chefe do Regimento de Granaderos, embaixador na Santa Sede (1956), subdiretor da Escola Superior de Guerra (1960), comandante da Primeira Divisão de Cavalaria Blindada (1962) e chefe de Exército (1968). Fez parte da autodenominada “revolução argentina” que designou como presidente Juan Carlos Onganía. Dirigiu, em 1970, a luta interna que deu fim à presidência de Onganía, substituindo-o pelo general Roberto Marcelo Levingston. Em 1971, ante a crise entre Levingston e a Junta de Comandantes, conseguiu o apoio desta última para depor Levingston.
Assumiu a presidência em 27 de março 1971, quando acabou com a perseguição política imposta desde princípios da revolução argentina, restituindo as liberdades públicas e privadas e levantando as proscrições. Promoveu o Grande Acordo Nacional (GAN), cujo objetivo era promover o consenso de todas as forças políticas do país, incluindo o peronismo, e buscar uma saída eleitoral que incluísse as Forças Armadas. Essa aliança fracassou em 1972, ao mesmo tempo que começava a complicar-se a situação político-social do país.
A esse fracasso somou-se o massacre de Trelew, o fuzilamento clandestino de dezenove presos políticos em poder da Marinha de Guerra, quando tentaram fugir do cárcere de Rawson, na Patagônia. A reação popular contra esse crime deu início ao fim ao regime de Lanusse, acusado de comandar os assassinatos.
Lanusse modificou o regime eleitoral e fixou a data das eleições para 11 de março de 1973, na qual triunfou a fórmula composta por Héctor J. Cámpora e Vicente Solano Lima. Entregou o poder em 25 de maio de 1973.