Gutiérrez Alea, Tomás

Gutiérrez Alea, Tomás

Havana (Cuba), 1928 - 1996

Um dos mais importantes diretores cu­banos, Titón, como era conhecido, começou realizando experiências em super-8 e em outras bitolas. Fez os curtas-metragens La caperucita roja (1946), Un fakir (1947) e El sueño de Juan Bassain (1953). Dividiu a direção com Julio García Espinosa no média-metragem El mégano (1954). Dirigiu sozinho, no México, outro média, o documentário Contigo en la distancia (1991). Filmou novos curtas: La toma de La Habana por los ingleses (1957), Esta tierra es nuestra (1959), Asemblea general (1960), Muerte al invasor (1961), La Habana 1762 (1962) e El arte del tabaco (1974). Partiu para a realização de longas-metragens com Historias de la Revolución (1960), filme baseado em fatos reais que mostra as lutas políticas ocorridas em Cuba, na década de 1950, e que determinaram a derrubada do ditador Fulgencio Batista, por meio dos episódios El herido, Rebeldes e La batalla de Santa Clara. Seus filmes seguintes foram adaptações literárias. O primeiro deles, Las doce sillas (1962), baseava-se na obra dos escritores russos Ilya Ilf e Eugene Petrov, adaptado por vários cineastas em distintos países. Cumbite (1964) foi tirado do romance Los gobernadores do rocío, obra do poeta haitiano Jacques Roumain. Dirigiu a comédia de humor negro La muerte de un burócrata (1966). Memorias del subdesarrollo (1968), um dos maiores filmes da história latino-americana, foi extraído do romance homônimo do escritor cubano Edmundo Desnoes. Una pelea cubana contra los demonios (1971) é um drama histórico ambientado no interior do país no século XVII. Permaneceu no enredo histórico em A última ceia (1976), novamente ambientado no interior cubano, dessa vez no século XVIII. O drama Los sobrevivientes (1978) retratou a crise de uma família burguesa após a vitória da Revolução Cubana, em trabalho influenciado pelo Anjo exterminador, filme mexicano de Luis Buñuel. Sua primeira parceria com Juan Carlos Tabío ocorreu em Até certo ponto (1984), que enfocou os problemas de criação de um filme ambientado junto aos trabalhadores portuários, envolvendo questões acerca do machismo. Os últimos trabalhos foram coproduções com a Espanha, iniciadas em Cartas del parque (1988), baseado em Gabriel García Márquez. Tendo Juan Carlos Tabío como codiretor, realizou o drama Morango e chocolate (1993), em coprodução com o México, que alcançou grande repercussão. Encerrou a carreira, com a ajuda de Tabío, dirigindo a comédia Guantanamera (1995).

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