Garrincha, Mané

Garrincha, Mané

Magé, 1933 - Rio de Janeiro (Brasil), 1983

Manuel Francisco dos Santos nasceu em Pau Grande, distrito rural de Magé. Ainda criança, ganhou o apelido de Garrincha (passarinho pequeno, marrom, com o dorso listrado de preto, também chamado de cambaxirra), com que se tornou mundialmente conhecido. Nasceu com as pernas tortas – a esquerda arqueada para fora e a direita para dentro, quase paralelas – e uma seis centímetros mais comprida que a outra. No entanto, aquelas pernas ajudaram-no a se tornar o rei dos dribles e o melhor ponta-direita da história do futebol.

Garrincha começou a jogar aos catorze anos em Pau Grande, até que foi vendido ao Botafogo, aos vinte anos, por quinhentos cruzeiros (o equivalente a 27 dólares ou, na época, o preço de uma bicicleta). Passou nesse clube a maior parte da sua carreira profissional, marcada por títulos como o do campeonato carioca de 1957 e o do bicampeonato em 1961-1962. Fez 243 gols em 612 partidas entre 1953 e 1965. Se não ganhou mais títulos, isso resultou do inegável predomínio do Santos de Pelé na mesma época. Do Botafogo saltou para a seleção brasileira, com a qual ganharia dois títulos mundiais: Suécia 1958 e Chile 1962 (nesse ano foi eleito o melhor jogador do mundo). Das sessenta partidas que disputou com a seleção, ganhou 52, empatou sete e só perdeu uma, contra a Hungria. Jogou a Copa do Mundo da Inglaterra em 1966, experimentando um fracasso absoluto. A partir daí, passou por vários times, como o Corinthians e o Flamengo, até o seu retiro definitivo em 1973. Mergulhou então no alcoolismo, que provocaria a sua morte em 20 de janeiro de 1983, aos cinquenta anos, de edema pulmonar. O velório foi realizado no estádio do Maracanã e presenciado por milhares de torcedores, que o chamavam de “a alegria do povo”.

Conteúdo relacionado
Esporte
Brasil
Mídia
Social, Questão