Arturo Frondizi nasceu em 28 de outubro de 1908 em Paso de los Libres, província de Corrientes. Estudou direito na Universidade de Buenos Aires (UBA) e se graduou em 1930. Foi secretário da Liga Argentina dos Direitos do Homem (1936) e deputado nacional (1946-1948). Em 1951, acompanhou Ricardo Balbín na composição presidencial para as eleições desse mesmo ano, nas quais triunfou Juan Domingo Perón. Em 1954, foi eleito presidente do Comitê Nacional da União Cívica Radical (UCR) e reeleito no cargo em 1956.
Em 1957, foram convocadas eleições para designar delegados para a Assembleia Nacional Constituinte do ano de 1957 e se impôs majoritariamente o voto em branco ordenado por Perón, que se encontrava no exílio pela proscrição determinada pelo governo militar. Diante desse fato, e devido ao confronto com Ricardo Balbín, produziu-se a ruptura da UCR, que foi dividida em União Cívica Radical Intransigente (UCRI), liderada por Frondizi, e a UCR do Povo, conduzida por Ricardo Balbín. Essa ruptura ocorreu porque Frondizi era partidário de uma aproximação com Perón, à qual se opunha Balbín.
Frondizi, em 1958, liderou a chapa presidencial, ao lado de Alejandro Gómez, que venceu as eleições graças à aliança e ao apoio de Perón, assumindo em 1º de maio do mesmo ano.
Durante sua gestão, promoveu a lei de anistia para os presos políticos e a lei de associações profissionais. Impulsionou o chamado modelo desenvolvimentista, que propunha o desenvolvimento das indústrias básicas, tais como a de petróleo e a indústria pesada. Não obstante, a partir de 1960, devido a certas medidas opostas a seu discurso inicial e à iminente ruptura de sua aliança com Perón, teve início um período de instabilidade que levou a uma crescente agitação social, com ocupação de fábricas e paralisações.
Diante dessa situação, aplicou o denominado Plano Conintes (Conmoción Interna del Estado). Em 1962, recebeu um duro golpe, quando se impôs o peronismo na grande maioria das eleições provinciais. Pouco tempo depois, as Forças Armadas exigiram sua renúncia, que foi negada. Em 28 de março de 1962, foi preso e enviado à ilha Martín García, assumindo José María Guido a presidência. Libertado em julho de 1963, Frondizi retornou à atividade política e fundou o Movimento de Integração e Desenvolvimento (MID), na década de 1970.