Maestro, compositor e violinista prodígio, foi nomeado aos dezoito anos diretor da Sinfônica Simón Bolívar. Destaca-se pela originalidade com que aborda a música clássica tradicional. Divulgador do El Sistema, método de inclusão social por meio da música, desenvolvido pelo maestro venezuelano José Antônio Abreu.
Filho de músicos, seu pai era trombonista e a mãe, professora de canto. Iniciou o estudo de violino no El Sistema, o Sistema de Orquestras Jovens e Infantis da Venezuela, e deu continuidade à sua formação na Academia Latino-Americana de Violino, com o maestro José Francisco del Castillo. Iniciou a preparação para regente em 1995, e em 1999 já era diretor de música da Orquestra Sinfônica Simón Bolívar e diretor da Orquestra Sinfônica Nacional da Juventude da Venezuela.
Em 2004, venceu o Concurso de Direção Gustavo Mahler, na Alemanha, e no ano seguinte, no mesmo país, recebeu o Prêmio Anillo de Beethoven, no Festival Internacional de Beethoven, de Bonn. Em 2007 foi condecorado pelo presidente de Venezuela, Hugo Chávez, e foi nomeado padrinho da Missão Música, instituição que leva o ensino de música a mais de um milhão de jovens por meio do El Sistema. Também em 2007 dirigiu pela primeira vez a Orquestra Filarmônica de Viena, no Festival de Lucerna. E saiu em uma turnê de concertos pela Europa com a orquestra Simón Bolívar, que incluiu uma temporada no Royal Albert Hall, em Londres. Quando convidado a reger a Orquestra Filarmônica de Nova York em uma série de concertos, Dudamel recebeu a batuta do lendário maestro norte-americano Leonard Bernstein para comandar as apresentações.
Seu terceiro álbum Fiesta (2008), que inclui composições de músicos latino-americanos, foi indicado ao Grammy Latino. Em 2012, ganhou o Grammy de Melhor Interpretação Orquestral Clássica pela execução da “Sinfonia Nº 4”, de Johannes Brahms, à frente da Filarmônica de Los Angeles (LA Phil). Em 2010, em Bogotá, na Colômbia, dirigiu o Concerto Binacional regendo cem músicos venezuelanos e cem músicos colombianos. No bicentenário da independência da Venezuela, comandou uma orquestra com quatrocentos músicos e um coro de 1.200 vozes, na Plaza Diego Ibarra, em Caracas. Na cerimônia de sepultamento do presidente Hugo Chávez, regeu a execução do hino nacional venezuelano. Em 2007, dirigiu a Orquestra Sinfônica de Stuttgart, na Áustria, que tocou em homenagem aos oitenta anos do papa Bento XVI.
É diretor da Sinfônica de Gotemburgo, na Suécia, desde 2007, e regente titular da Filarmônica de Los Angeles, nos EUA, desde 2009.
- O maestro Gustavo Dudamel e a Orquestra Simón Bolívar da Venezuela em apresentação no Teatro Castro Alves, na Bahia, Brasil, em 2011 (Manu Dias/SECOM)