Chefe do governo de Santa Lúcia, no Caribe, John George Melvin Compton nasceu em 29 de abril de 1925. Aos dez anos foi mandado para a casa de um tio, em Santa Lúcia, onde foi educado. Em 1949, formou-se em Direito, na London School of Economics, retornando a Santa Lúcia em 1951, onde passou a exercer a advocacia, em Castries, a capital.
Em 1954, após uma rápida passagem pelo Partido Trabalhista de Santa Lúcia (PTSL), como candidato independente, obteve uma cadeira no Conselho Legislativo. Reconciliado com as lideranças trabalhistas, retornou ao partido. Nessa época, estava comprometido com a melhoria das condições de vida dos agricultores que, segundo ele, seriam uma “reminiscência da escravidão”. Novas divergências levaram Compton a deixar de novo o trabalhismo. Com outros políticos, fundou o Partido Unido dos Trabalhadores (PUT), do qual tornou-se líder. O PUT é considerado o partido mais conservador de São Vicente e Granadinas, principalmente por seu completo alinhamento com os Estados Unidos.
Compton foi chefe de governo de Santa Lúcia durante trinta anos, até a ilha tornar-se independente, em 1979. Foi ministro-chefe entre 1964 e 1967. Nesse ano, com a elevação do território a Estado Associado, tornou-se seu premiê. Em fevereiro de 1979, quando o processo de independência foi concluído, tornou-se primeiro-ministro da nova nação soberana.
Os conservadores de Compton perderam a eleição disputada no mesmo ano e, depois de quinze anos no poder, ele deixou o comando do país. No entanto, o PUT venceria as eleições seguintes, e Compton, em 1982, voltaria à chancelaria, posto que conservou até 1996, graças às sucessivas vitórias de seu partido. Nesse mesmo ano renunciou ao posto. Como uma das principais figuras política do país, era considerado por muitos como o responsável pela modernização de Santa Lúcia.
Compton sempre foi um entusiasta dos projetos de integração regional das pequenas nações caribenhas. Participou das negociações para a instalação da atual Comunidade do Caribe (Caricom), da Área de Livre-Comércio do Caribe (Carifta) e da extinta Federação das Índias Ocidentais. Em 2001, foi uma das lideranças enviadas a uma missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) no Haiti. Em 2005, voltaria a dirigir o PUT.