- O presidente da Petrobras, Shigeaki Ueki, abastece veículo durante cerimônia de entrega dos primeiros carros movidos à álcool, em 1975 (Imprensa/Agência Petrobras)
No fim dos anos 1980, a queda dos preços do petróleo e a elevação do preço do açúcar provocaram a crise do Proálcool. A Petrobras, que controlava grande parte da distribuição física do álcool combustível, foi pressionada, a partir de 1985, pelo déficit da conta do álcool, enquanto os produtores desviaram a cana para a geração de açúcar, gerando desabastecimento. A abertura comercial, nos anos 1990, e o estímulo à produção de carros de mil cilindradas, que não haviam sido submetidos à tecnologia do álcool, contribuíram para o retrocesso do programa. Em 1995, apenas 3% dos carros no Brasil eram fabricados com motores a álcool. Entretanto, as tendências à elevação do preço do petróleo, que a recuperação da economia mundial estimula, tendem a projetar novamente essa tecnologia, na qual o Brasil dispõe de grande capacidade acumulada.
Em 2003, a Volkswagen lançou o primeiro carro do país com motor flexível, que funciona com gasolina ou etanol. Logo depois, a Chevrolet apresentou seu modelo e, desde então, as montadoras de automóveis do país passaram a produzir carros bicombustíveis. Em 2015, os chamados motores flex correspondiam a 85% dos automóveis vendidos no Brasil. Nesse mesmo ano, a gasolina passou a levar 27% de etanol em sua composição.
Segundo produtor mundial de etanol do mundo e primeiro a atingir o consumo sustentável dos biocombustíveis, o uso preferencial de "combustível verde" — derivado de fontes naturais e renováveis — coloca o Brasil na vanguarda do setor.