MNR

Movimento Nacionalista Revolucionário, partido político boliviano

Fundado em 1941 por jovens nacionalistas e por oficiais do Exército boliviano, o Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR) procurou desde suas origens organizar os operários mineiros. Dirigiu as lutas dos trabalhadores das minas de Catavi, em 1942, e depois denunciou o massacre cometido pelas autoridades. Chegou ao governo com a eleição de Gualberto Villarroel, que foi derrubado, provocando uma guerra civil. Ao final desta, em 1951, foram convocadas eleições, nas quais triunfou o candidato do MNR, Víctor Paz Estenssoro.

O partido também dirigiu a revolução de 1952, que nacionalizou as minas, realizou uma reforma agrária e substituiu o Exército regular por milícias populares. O partido, contudo, aos poucos, foi se tornando mais moderado, até acabar sujeitando-se às propostas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e incorporando-as.

Em 1993, já com uma feição liberal, voltou à presidência com Gonzalo Sánchez de Lozada, que colocou em prática um programa neoliberal, produzindo uma profunda crise social no país. Eleito novamente em 2002, ele tentou retomar seu programa econômico, mas rapidamente teve de renunciar, diante da pressão popular.

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