O MNP é o principal partido de Trinidad e Tobago, ao lado do Congresso Nacional Unido (CNU). Foi fundado em janeiro de 1956, como o primeiro partido político formal instituído na antiga colônia britânica. A principal liderança do partido, o professor e acadêmico Eric Williams, governou o país de 1956 a 1981, ano de sua morte. O partido sempre teve maior expressão nos centros urbanos e sua principal base de apoio são os afrodescendentes, pois sempre manteve o discurso da unidade nacional e étnica. O MNP é um partido voltado principalmente para os estratos médios da população, como os funcionários públicos, os profissionais liberais e os trabalhadores assalariados em geral, particularmente os operários da indústria do petróleo.
Em Trinidad, a organização partidária sempre expressou uma clara divisão étnica, apesar das tentativas dos partidos, como o MNP, de falar a toda sociedade; o país possui uma expressiva minoria oriunda da Índia, além dos brancos.
Nas primeiras eleições gerais da história do país, em 1956, o MNP conquistou 13 das 24 cadeiras parlamentares em disputa, ou 38,7% do total de votos. Apesar das mudanças de status sofridas por Trinidad até a proclamação da independência, em 1962, o partido seguiu no poder. Seu prestígio começou a declinar no período pós-colonial, em função do crescente descontentamento popular em consequência da crise econômica e social. Na década de 1960, a revolta passou a ser particularmente explosiva entre os mais jovens. Para conter os protestos e as rebeliões organizadas em torno do movimento black power, Williams decretou estado de emergência em abril de 1970. As eleições de 1971 foram boicotadas pelos partidos de oposição e, graças a isso, o MNP ficou com todas as 36 vagas parlamentares e o desgaste resultante disso.
O domínio incontestável do primeiro-ministro, Eric Williams, sobre todas as instâncias partidárias causou, ao longo da década de 1970, diversas defecções. Com a morte de Williams, a direção do partido e a chefia de governo passaram para George Michael Chambers.
O novo primeiro-ministro adotou uma política de austeridade para enfrentar a conjuntura da profunda crise econômica, causada em boa medida pela crise dos preços do petróleo. Diante de nova onda de insatisfação popular, as eleições de 1986 marcaram o encerramento do ciclo hegemônico de trinta anos do MNP. Desde essa época, o partido disputa palmo a palmo o poder com o CNU.
A oposição, aglutinada em torno da Aliança Nacional para a Reconstrução (ANR), conquistou 33 das 36 cadeiras parlamentares, impondo ao MNP a pior derrota de sua história.
Em 1991, sob a nova liderança de Patrick Manning, o MNP voltaria ao governo ao conquistar 21 das 36 cadeiras do Parlamento. Mas, para enfrentar a disputa interna, agravada pelas acusações públicas de corrupção, Manning decidiu convocar novas eleições em 1995. O resultado foi um empate entre o MNP e o oposicionista CNU, cada um com 17 vagas. Entretanto, o partido teve de deixar o poder, já que foi formada uma coalizão entre o CNU e a ANR, que conquistara duas cadeiras.
Derrotado em 2000, Manning retornou uma vez mais ao poder no pleito de 2001, após uma decisão polêmica do presidente da República, que deu a vantagem ao MNP depois de um novo empate (dezoito cadeiras para cada lado) com o CNU. O MNP ficou no poder até 2010, quando eleições gerais colocaram uma coalizão no governo, e voltou em 2015, com Keith Rowley à frente.