O CNU e o Movimento Nacional Popular (MNP) são as duas grandes forças políticas de Trinidad e Tobago. O CNU resultou da cisão, em 1988, das lideranças de origem indiana da Aliança Nacional para a Reconstrução (ANR). Os dissidentes foram liderados por Basdeo Panday – antigo sindicalista e líder da extinta Frente Trabalhista Unida (FTU) –, que acumulara vasta experiência política como líder da oposição por muitos anos.
O CNU chegou ao governo nas eleições de 1995, depois de conseguir o mesmo número de assentos parlamentares que o MNP. Formou uma coalizão com a ANR, que garantiu a indicação de Basdeo Panday como primeiro-ministro. Foi a primeira vez que um descendente de indianos – que chegaram a Trinidad no século XIX – ascendeu ao governo.
O governo do CNU manteve a política econômica liberal ortodoxa dos governos anteriores, baseada na combinação de livre-mercadismo com equilíbrios orçamentários e redução dos gastos públicos. Desde essa época, Trinidad e Tobago adota uma política de tolerância em relação às gigantes internacionais para a exploração dos expressivos recursos naturais do país – petróleo e gás natural.
Em 2001, após uma disputada sequência de embates eleitorais com o MNP, o partido de Panday acabou perdendo o controle do governo. O CNU, inicialmente identificado com a população descendente de indianos, tem se esforçado para conquistar o apoio de outros setores da população. Novas lideranças surgiram no país. Em 2005, Panday passou a liderança do CNU para Winston Dookeran.