Filho de empresários panamenhos que se fixaram em Honduras no final da década de 1940, Ricardo Rodolfo Maduro atuou inicialmente no setor privado como executivo de multinacionais fixadas no país. Durante o governo de Rafael Callejas Romero (1990-1994), assumiu a direção do Banco Central hondurenho, defendendo medidas de perfil neoliberal. Sua carreira política surgiu como resposta a um grave incidente familiar: seu filho, Ricardo Ernesto, foi sequestrado e encontrado morto em 25 de abril de 1997. Diante do fato, Maduro proferiu um forte discurso em favor da ordem e do combate ao banditismo no país. Sua fala rendeu-lhe grande popularidade, em especial entre os setores desfavorecidos, maiores vítimas da criminalidade. Sua eleição foi marcada por grande controvérsia, uma vez que a constituição hondurenha interditava a eleição de candidatos que não tivessem nascido no país. Uma comissão formada por membros do Partido Nacional Hondurenho (PNH) e do Partido Liberal Hondurenho (PLH), patrocinada pelo presidente Carlos Roberto Flores, afirmou o direito de candidatura de Ricardo Maduro, o que foi corroborado pelo Congresso Hondurenho na sessão de 12 de março de 2001. Nas eleições de 25 de novembro de 2001, Maduro obteve 52,2% dos votos.
Como presidente, até 2006, procurou implementar um rígido plano de austeridade econômica, com forte controle dos gastos públicos. Além disso, ordenou uma política de “tolerância zero” contra a criminalidade, combatendo os maras e controlando as fronteiras para conter o tráfico de armas e o narcotráfico. Também procurou estimular os investimentos de capitais internacionais nos setores das indústrias maquiladoras e do turismo.