Filho de Margarita Facussé e de Oscar Flores, influente jornalista em Honduras, Carlos Roberto Flores estudou na Escola Americana de Tegucigalpa e graduou-se em engenharia industrial na Louisiana State University (LSU). Na própria LSU concluiu mestrado em finanças e economia internacional. Ao fim da década de 1970, retornou a Honduras e iniciou sua carreira política, ingressando no Partido Liberal Hondurenho (PLH). Em 1994, tornou-se presidente do Congresso e passou a ser um importante instrumento de fortalecimento do governo liberal de Carlos Reina. Em 1997, foi escolhido candidato do PLH para a disputa presidencial. Vitorioso, tomou posse em 1998, concluindo seu mandato em 2002. Durante seu governo, Honduras foi marcada por um dos maiores desastres naturais de sua história: o furacão Mitch, que atingiu o país entre 22 de outubro e 5 de novembro de 1998. O furacão afetou a já frágil economia hondurenha, levando o governo a demandar auxílio internacional. O envio de verbas para os setores mais combalidos da economia e da infraestrutura foi patrocinado com empréstimos do Banco Mundial e do FMI. O custo foi a adoção de uma rígida política de controle fiscal que conteve os gastos públicos e reduziu a inflação, mas acelerou a concentração de renda e a miséria da população. O significativo aumento da criminalidade no país levou Flores a criar o Ministério da Segurança, visando ao aumento da ação policial para conter os grupos criminosos, conhecidos como maras. Um outro aspecto significativo foi a limitação do poder militar, ao ser transferida para a presidência a autoridade sobre as Forças Armadas. Flores foi sucedido por Ricardo Rodolfo Maduro, eleito em novembro de 2001 pelo Partido Nacional Hondurenho (PNH).
Flores, Carlos Roberto
Tegucigalpa (Honduras), 1950