Ao tomar posse na presidência de Honduras, Carlos Reina (1994-1998) assumiu como projeto político a defesa dos direitos humanos e o combate à corrupção. A primeira meta passava pelo processo de desmilitarização do Estado e a consequente ruptura do papel de tutela dos militares sobre o país. A aprovação da Lei de 6 de abril de 1995, que aboliu o serviço militar obrigatório, instituindo a profissionalização das Forças Armadas, foi a primeira medida tomada pelo governo. Além disso, um projeto de lei, aprovado também em 1995, tirou dos militares o papel de policiamento da sociedade hondurenha. A criação de um corpo policial civil, a Polícia Nacional, buscou estabelecer novo patamar de política pública que atendesse às demandas da sociedade civil no tocante às questões de segurança. Com isso, a prática anterior dos militares, de repressão e contenção dos movimentos sociais, deixou de ser prioridade do Estado. Apesar da pressão dos militares, o governo hondurenho manteve sua agenda política, objetivando a profissionalização do Exército e a efetivação do processo de construção de um Estado democrático no país.
Honduras, Polícia Nacional de