Poeta, jornalista e militante político argentino, Raúl Tuñon era filho de operários espanhóis. Nos anos 1920, fez parte do grupo martinfierrista (de Martín Fierro) e, em 1937, filiou-se ao Partido Comunista. Em 1935, começou a escrever no jornal Crítica e abraçou a profissão que teria durante toda a vida. Editou a revista Contra, da qual foram publicados cinco números, até que fosse preso e processado por “incitação à rebelião”. A saga de seu alter ego, Juancito Caminador, percorre os locais públicos da cidade, retratando tipos populares. A profissão de jornalista lhe permitiu viajar muito, e, na Europa, ligou-se a intelectuais e artistas espanhóis e franceses, principalmente os poetas surrealistas. Foi correspondente na Guerra Civil Espanhola e morou no Chile, onde fundou o jornal El siglo. Exerceu grande influência sobre as novas gerações de poetas. Algumas de suas obras são La rosa blindada (1936), La muerte en Madrid (1939), Todos los hombres del mundo son hermanos (1954), A la sombra de los barrios armados (1957), Crónicas del país de Nunca Jamás (1965) e El banco en la plaza, publicado postumamente em 1977.
González Tuñon, Raúl
Buenos Aires (Argentina), 1905 - 1974