A Companhia Ensaio Aberto, do Rio de Janeiro, Brasil, foi fundada em 1992 pelo diretor Luiz Fernando Lobo, com o intuito de realizar um teatro anti-ilusionista na tradição do épico brechtiano. Seu primeiro trabalho público aconteceu em janeiro de 1993 com O cemitério dos vivos. Entre 1993 e 1994, o grupo preparou Pierrô saiu à francesa, criação própria, e A missão, baseado em Heiner Müller, compondo uma trilogia. As montagens nos anos seguintes – Cabaré Youkali e A mãe, de Gorki/Brecht – reafirmaram a vertente marxista do projeto, posição crítica comparável à da Companhia do Latão e do Folias D’Arte, e consolidaram a intenção de formar plateias junto a comunidades carentes e movimentos sociais.
O espetáculo Companheiros , de 1998, é a principal obra de um grupo interessado numa politização da cena. No ano 2000, a convite de Helder Costa, diretor do Teatro A Barraca, de Lisboa, Companheiros fez uma temporada em Portugal. No mesmo ano, a Ensaio Aberto realizou uma coprodução com a Câmara Municipal de Lisboa para a estreia internacional de Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto. Na comemoração de seus dez anos de atividade, em 2002, o grupo encenou A missa dos quilombos, mais uma criação própria.
Em 2011, em comemoração aos dez anos da Lei Municipal de fomento ao teatro no estado de São Paulo, foi produzido o documentário Ensaio Aberto Brasil, sobre o Teatro Ensaio Aberto, com direção de Luiz Gustavo Cruz, em parceria com a Cooperativa Paulista de Teatro.