Parodiar tipos sociais é lugar comum na literatura latino-americana, que encontra em algumas obras expressão original. Foi o caso deste chileno, professor e redator da revista Ercilla, que apresentou esforços inovadores desde as primeiras publicações (Este domingo, 1966), afastando-se da narrativa densa e violenta de escritores como Carlos Droguett.
Conviveu com várias culturas, o que contribuiu para a diversificação inclusive formal da sua obra, lida, por exemplo, na narrativa erótica La misteriosa desaparición de la marquesita de Loria (1980). Em 1996, publicou Conjeturas sobre la memoria de mi tribu, livro de memórias familiares em que explorou dados da vida do ficcionista Juan Emar. Os contos, que não se alinham a nenhuma escola literária, expõem mordaz percepção da sociedade burguesa chilena, com personagens que tentam rebelar-se contra as convenções, mas que, sem sucesso, caem na inércia. Outra obra: Cuentos (1971).