Cientista e pioneira do feminismo no Brasil, Bertha Lutz foi a principal líder do movimento pelo voto da mulher. Filha do sanitarista suíço-brasileiro Adolfo Lutz e da enfermeira inglesa Amy Fowler, Bertha formou-se em ciências pela Sorbonne, Paris, em 1918, e em direito em 1933, no Brasil. Fundou, em 1920, uma organização de defesa dos direitos da mulher. Em 1922, representou as brasileiras na Assembleia Geral da Liga das Mulheres Eleitoras, nos Estados Unidos, e fundou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, da qual foi presidente durante vinte anos.
A Federação encabeçou a campanha pelo voto feminino, que acabou incluído no Código Civil de 1932 e na Constituição de 1934. Chegou ao Congresso em 1936, ocupando uma vaga após ter sido eleita como suplente. Perdeu o mandato em 1937, com o estabelecimento do Estado Novo de Getúlio Vargas. Até o fim da vida alternou a militância feminista com importantes trabalhos científicos em botânica e herpetologia.