Em 4 de setembro de 1967, por iniciativa do diretor Jorge Alí Triana, foi fundado o Teatro Popular de Bogotá (TPB), grupo do qual participaram artistas significativos para a cultura colombiana. No início, com uma postura conservadora em relação aos avanços críticos de grupos mais inovadores, como o Teatro Experimental de Cali (TEC), Jorge Triana encenou, nos primeiros anos, um repertório clássico que incluiu A mandrágora (Maquiavel, 1968), Júlio César (Shakespeare, 1969) e Tartufo (Molière, 1971) em montagens que tendiam a um pluralismo equilibrado.
A associação, entre 1971 e 1980, com o grupo de teatro para crianças El Alacrán, dirigido pelo dramaturgo Carlos José Reyes, alterou, contudo, a linha de atuação do grupo, que passou a experimentar trabalhos de rua com bonecos gigantes e processos de criação coletiva aplicados a temas políticos, marca registrada do Novo Teatro proposto por Enrique Buenaventura e já praticado por Reyes. Exemplos daquela nova tendência foram as montagens Os fuzis da senhora Carrar (Bertolt Brecht, 1971) e, nos anos seguintes, Delito, condena y ejecución de una gallina (do guatemalteco Manuel José Arce, 1973) e I took Panamá (criação coletiva em que o TPB combinou a dramaturgia do ator Luis Alberto García e a direção de Jorge Alí Triana, 1973).
Em meados da década de 1970, com a saída de uma série de atores, o grupo entrou em grave crise, mas ainda seguiu adiante conduzido por Triana, que retomou a montagem de textos clássicos trabalhados numa fronteira entre Konstantin Stanislavski e Bertolt Brecht. O grupo encerrou suas atividades em 2006.