Filha do escritor Juan Francisco Bedregal, passou a juventude na convivência de escritores como José María Arguedas nas reuniões literárias da família em La Paz. Participou ativamente de movimentos intelectuais em seu país, no final dos anos 1940. Dedicou-se à escrita de poemas, romances, contos, relatos, antologias e artigos. Escreveu obras para o público infantil, focadas nos mitos, folclore e artes indígenas, aimará e quíchua. Esses são temas que povoam o seu universo biográfico juntamente com as “mamas” indígenas, presentes desde Naufragio, seu primeiro livro de poemas publicado em 1936. Nesse ano, morou em Nova York, para complementar os estudos de artes plásticas.
Grande divulgadora da literatura de seu país, organizou a primeira Antología de la poesía boliviana, em 1977. Um dos traços marcantes de sua obra – a literatura de testemunho – cunha-se no romance Bajo el oscuro sol (1971), que tem como pano de fundo a revolução contra o governo de Hernando Siles Reyes. Recebeu o prêmio Nacional Erich Guttentag e a medalha Gabriela Mistral, do governo chileno (1996). Foi também reconhecida escultora. Outras obras: Almadía (1977) e Escrito (1994).