Parlapatões, Patifes e Paspalhões

A história dos Parlapatões, grupo de São Paulo, Brasil , originou-se em 1991 com apresentações que conjugavam o circo com o teatro de rua. A maioria de seus fundadores tem em comum a passagem pelo Circo-Escola Picadeiro. Entre eles estão Alexandre Roit, Arthur Leopoldo e Silva, Hugo Possolo, Luiz Amorim, Marcelo Milan e Regina Lopes. A comédia é alicerce de todos os espetáculos, nos quais sempre se vislumbra o arquétipo do palhaço. O apelo popular na comunicação direta com o espectador é atribuído ao manejo das técnicas circenses e do teatro de rua. É o que se nota em Bem debaixo do seu nariz, que em setembro de 1991 ainda se chamava Aqui ninguém é patrão, não!. O espetáculo seguinte, Nada de novo (1992), uma compilação de números de picadeiro, afinou a dupla Roit e Possolo no papel dos palhaços Pirulão e Tililingo, como eram apelidados no início da carreira. Em 1993, Raul Barretto contracenou com os dois na peça que catapultou o grupo, Sardanapalo, apontada pela crítica como revelação da Jornada SESC de Teatro naquele ano. Montada ao ar livre, no Parque da Independência, na cidade de São Paulo, Zérói (1995) simbolizou a capacidade de os Parlapatões agregarem novos artistas, com integrantes de grupos como o Circo Mínimo e a Cia. Linhas Aéreas. Nas peças seguintes, o humor se espraiou por temas sociais e políticos, evidenciando o caráter corrosivo dos comediantes.

Único remanescente entre os fundadores do grupo, Hugo Possolo é o integrante que mais se desdobra em outras funções, como dramaturgo ou diretor. Mas é comum o convite a outros encenadores, como em [email protected] (1998), do trio norte-americano Jess Borgeson, Adam Long e Daniel Singer, dirigida por Emilio Di Biasi, um compacto cômico de cenas célebres de toda a obra de William Shakespeare.

O grupo deu continuidade à sua pesquisa artística e à realização de turnês nacionais e internacionais. Em sua sede/teatro, o Espaço Parlapatões, abriga eventos como o Festival de Cenas Cômicas, o Festival de Peças de Um Minuto, a Mostra de Solos, o Palhaçada Geral – Encontro Nacional de Palhaços, o Concurso de Poesia Falada e a mostra anual do repertório dos Parlapatões, Sortidos & Variados. Em 2013, inauguraram o Galpão Parlapatões, espaço para realização de cursos, palestras e seminários.

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