DEM

Democratas (antigo PFL), Brasil

O Partido DEM (anteriormente denominado Partido da Frente Liberal - PFL) foi fundado em 1985, no momento da transição da ditadura para a democracia no Brasil, como bloco dissidente do partido de sustentação do regime militar, a ARENA. Por discordar do candidato do partido governista (Paulo Maluf) no Colégio Eleitoral, aliou-se ao principal partido de oposição, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), para apoiar Tancredo Neves como candidato à presidência da República, indicando José Sarney como vice-presidente. Agrupou próceres importantes do regime militar e de oligarquias regionais: Jorge Bornhausen (Santa Catarina), Marco Maciel (Pernambuco) – posteriormente vice-presidente de Fernando Henrique Cardoso –, Antonio Carlos Magalhães (Bahia) e Esperidião Amin (Santa Catarina), entre outros. Participou do governo de Fernando Collor de Mello e dos dois governos de Fernando Henrique Cardoso.

O DEM representa essencialmente a elite econômica e política do Nordeste brasileiro, marcado pela forte presença do eleitorado rural e pelo domínio de lideranças tradicionais vinculadas ao latifúndio. Aliado do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), compõe o bloco de direita política no Brasil, opositor ferrenho do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

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O Senador baiano Antônio Carlos Magalhães, um dos fundadores do PFL, atual DEM (Antônio Cruz/ABr)

Em 2007, o PFL tinha a maior bancada do senado, com dezoito representantes, quando mudou o nome para DEM – Partido Democratas. Rodrigo Maia, filho do ex-governador do Rio de Janeiro, César Maia, foi o primeiro presidente da legenda renomeada, eleito em 28 de março de 2007. Em 2011, o então prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, deixou o DEM para criar a sua própria legenda, o Partido Social Democrático (PSD), levando para a nova sigla dezessete deputados federais, uma senadora, um governador e diversos deputados estaduais. Os democratas recorreram ao Tribunal Superior Eleitoral para impedir a criação do novo partido, mas não tiveram êxito. O PSD tem uma proposta centrista menos conservadora em relação ao DEM. Este era oposição ao governo Dilma Rousseff em 2015. A agremiação defende o liberalismo econômico, as privatizações e a interferência mínima do Estado na economia.

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