UFRJ

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Uma das mais antigas universidades brasileiras, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é a pioneira e a principal de uma rede de universidades federais que cobre praticamente todos os estados do Brasil. Embora o projeto de sua criação tramitasse desde 1915, foi oficialmente criada em 7 de setembro de 1920, como parte das comemorações da Independência, pelo Decreto n° 14.343, do presidente Epitácio Pessoa. Sua primeira denominação foi Universidade do Rio de Janeiro.

Houve trinta tentativas anteriores de fundação da UFRJ. Ela foi criada a partir da junção de três escolas superiores, de caráter profissional, já existentes: a Faculdade de Medicina, a Escola Politécnica e a Faculdade de Direito. Seu primeiro reitor foi Tobias Moscoso, da Escola Politécnica, que compunha o Conselho Universitário com outros nove membros: os diretores das três unidades e seis professores catedráticos.

Em 1937, no governo nacionalista de Getúlio Vargas, seu nome foi modificado para Universidade do Brasil. Nesse perío­do seu modelo refletia os pressupostos do Estatuto das Universidades Brasileiras de 1931: era uma universidade popular, posta a serviço da grandeza da nação e do aperfeiçoamento da humanidade, centrada nas necessidades do país e orientada pelos fatores nacionais de ordem, social e econômica, difusora de conhecimentos úteis à vida individual, à solução de problemas sociais e aos altos interesses nacionais, e voltada à propagação da atividade técnica e científica da instituição universitária.

Posteriormente, em 1965, por meio da Lei n° 4.831, o governo Castelo Branco determinou nova mudança na sua denominação: Universidade Federal do Rio de Janeiro. Porém, em 2000, ela adquiriu na justiça o direito de utilizar novamente o nome Universidade do Brasil, e hoje é denominada Universidade do Brasil/UFRJ.

A UFRJ conquistou autonomia administrativa, financeira e didática em 1945, e seus recursos financeiros provêm do governo federal, como ocorre com as demais instituições federais de ensino no país. No final dos anos 60 sofreu os impactos da Reforma Universitária Nacional, com a criação dos departamentos no lugar das cátedras e a formação dos centros pelo agrupamento das unidades-escolas, faculdades e institutos, o que aumentou a coordenação e o controle sobre os departamentos, uma vez que estes foram subordinados às determinações dos centros. Desde então a Universidade é composta dos Centros Universitários de Ciências Matemáticas e da Natureza; Letras e Artes; Filosofia e Ciências Humanas; Ciências Jurídicas e Econômicas; Ciências da Saúde e Tecnologia.

Nos anos 50 a pesquisa começou a ser institucionalizada com a criação dos institutos de pesquisa, a docência em regime integral, a formação de equipes de pesquisa e os convênios nacionais e internacionais com agências financiadoras. Tal incremento reflete-se, hoje, nos 84 programas de mestrado e doutorado, nos mais de cem laboratórios de pesquisa e na significativa produção acadêmica da instituição, que tem o segundo maior número de diretórios de pesquisadores do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – cerca de oitocentos.

O Museu Nacional, antigo Museu Real do Rio de Janeiro, fundado em 1818, foi incorporado à UFRJ em 1946, constituindo uma das instituições mais renomadas no ensino da antropologia no Brasil.

Merece destaque ainda o projeto de extensão da instituição, que possui oito hospitais universitários que prestam serviços de saúde à população, e a Maternidade-Escola, situada em Laranjeiras. Suas atividades são desenvolvidas principalmente nos campi da Ilha da Cidade Universitária (criados nos anos 70) e da Praia Vermelha. Em 2012, a UFRJ tinha 48.454 alunos nos cursos de graduação e 10.927 estudantes na pós-graduação.

O Campus Praia Vermelha, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Halley Pacheco de Oliveira/Creative Commons)